" Paz das montanhas, meu alívio certo! "

06/07/2011

Fonte Fria- Paúl- Pitões

02 de Julho de 2011

Chegou finalmente o dia em que foi possível realizar uma verdadeira caminhada Serrana!
O plano inicial seria atravessar uma grande parte da Serra do Gerês, começando nas Lagoas do Marinho terminando em Pitões das Júnias. A ideia e o desafio foi lançado pelo nosso amigo João Miguel, seria apenas preciso alguém que nos levasse às lagoas e outra pessoa que  pudesse ir buscar-nos a Pitões, mas aqui só teríamos a boleia por volta das 20h:30, o que já seria muito tarde para nós, pois os nossos compromissos familiares sobrepunham-se a tudo o resto, e assim sendo  eu e Orion  optamos por alterar os planos quase no final da semana.
Os companheiros J. Miguel e Nuno mantiveram a ideia inicial, nós iríamos fazer outro percurso, circular, e com um pouco de sorte encontraríamos-nos a meio do trilho.
O nosso circuito seria: Pitões da Júnias-Fonte Fria--Fraga do Paúl-Cornos de Candela-Fraga S. João- Mata do Beredo-Pitões. E cá vamos nós!

Pitões das Júnias, 09h:15 , a aldeia está sossegada e ninguém diria que à uma semana atrás estava em festa de S. João, que nesta aldeia acolhedora festeja-se sempre no primeiro fim-de-semana a seguir ao dia 24 de Junho.
Passámos por meia dúzia de habitantes e quase uma dúzia de cachorros, ainda com um ar de começo do dia e meios desconfiados da nossa presença.
Abastecemos o cantil e as garrafas na fonte ao lado do café Rato do Eiró e abalámos rumo a uma das estradas que dá acesso às vacarias já afastadas da aldeia.
Fizemos uma primeira observação aos mapas com atenção, apanharíamos um pouco mais à frente a estrada que dá acesso a Espanha e pouco mais virámos à esquerda para um caminho de terra batida, a porta de entrada que me levaria finalmente àquilo que chamo de Serra no seu estado bruto e puro onde tenho sempre o privilégio de puder percorrer.
Este caminho inicial foi acompanhado de campos de centeio e carvalhais quase sempre do lado oposto. Tínhamos como companheiras, graciosas borboletas coloridas dançando a valsa das flores acompanhadas do grupo coral da passarada.Um belo começo!!


Ao longe já se avistava a Fraga da Espinheira, muito bem enquadrada bem no centro do nosso caminho. Passámos um pequeno ribeiro, um de muitos neste dia. Os mapas continuavam a ser os nossos guias, mas os nossos instintos  na montanha começam cada vez a ficarem mais apurados!


Fizemos uma paragem técnica antes de começar a subir mais, tirei uma das botas e ajeitei a costura da grossa meia que estava magoando um dedo do meu pé, curiosamente o mesmo pé em que parti um dedo à 2 meses atrás. Passei  a mão pelo dedo ainda um pouco sensível, sorri por puder estar ali e desejei que o mesmo se portasse bem neste dia que tanto ansiava!
Rumo à Fonte Fria! Lá vamos nós sempre a subir!


Tudo me distraía e me chamava, preenchendo-me de uma enorme satisfação! As borboletas não paravam de nos acompanhar, as pequenas flores aqui e ali, as pedras graníticas, a terra as montanhas à nossa espera e o céu azul com tímidas pinceladas de branco!
Queria correr, saltar, soltar a voz e voar!! Tinha ainda muito pela frente e as energias teriam de ser poupadas!
Que prazer em partilhar tudo isto com vocês, queridos amigos e leitores!!



Já num ponto mais acima com as grossas pedras e penedos robustos, bem característicos deste Gerês, fizemos uma pequena pausa para encher o peito de ar puro e tirar umas fotos.barragem da Paradela, S. João das Fragas ali ao fundo a espreitar...algumas mariolas presentes, seguimos o seu rasto e logo mais à frente o verdadeiro espectáculo natural começava! A Fraga de Brazalite, vaidosa e fotogénica já se via! Era um ângulo desconhecido para nós mas a montanha era inigualável e não dava para confundir com alguma outra!
Estava ali bem à  nossa frente, parecendo estar perto mas ainda muito longe.
Ah! Serra! Bem tu és também uma paz, um alívio certo para mim! Bem vinda ao meu olhar, ao meu olfacto, tacto e audição!!


Olhem só! Uma bela manada de cavalos lá em baixo no vale, à sombra de meia dúzia de carvalhos! Belos bichos que logo dando conta da nossa presença, embora longe, desataram a trotar em sincronia levantando poeira em seu redor, e o eco das patas a bater no solo, crescia da terra ao céu! Um espectáculo selvagem!!
Pararam mais à frente... penso que ficaram aborrecidos com a nossa presença, não deixávamos de ser uns intrusos. Embora afastados estavam perto do trilho por onde precisávamos de passar...Tentámos apressar o passo suavemente, Orion fez questão de parar um pouco para captar o momento mais de perto, um dos cavalos relinchou, agitou a cauda e bateu com as patas, tornando a restante manada mais inquieta. Não dava para perceber o que combinavam entre si, mas já olhava em redor a ver para onde havia de fugir caso algum deles viesse atrás de nós . Disse a Orion para se despachar, estava a arriscar demasiado...

Cruzámos mais uma linha de água arborizada e fresca. Orion estava a ficar aborrecido com a sua máquina que não correspondia ao que pretendia captar!E eu apesar tendo a minha a funcionar bem,  não me ralava para as tecnologias que não substituíam o que presenciava e sentia no momento, estava demasiado feliz! Claro está que agora estou a usufruir das tecnologias, caso contrário não estaria aqui a registar e divulgar isto tudo!!
Brazalite estava já ao nosso lado mas ainda bastante distante, seguimos a direcção da Fonte Fria, colina acima a corta mato, nem mais! Possivelmente havia trilho mais fácil por ali, mas os fetos estavam altos e viçosos, tapavam as vistas, e para além do mais, corta mato não tem sido obstáculo para nós e até gosto pois consigo sentir um contacto mais directo com a Natureza no seu estado selvagem, quase virgem!

Apanhámos já em cima e mais à frente um percurso muito idêntico, senão para dizer o mesmo que fizemos em Abril passado. Lembrei-me de Águia Real, White Angel e todo o pessoal que fazia parte daquele inesquecível dia. Lembrei-me quando White Angel apontou com o bastão e me ensinou o nome das montanhas: Fonte Fria, Brazalite, Roca Sendeia...
Agora era caminhar em direcção à Fonte Fria e subir ainda mais. Mas primeiro procurávamos a água que nascia perto da Fonte Fria, aquela deliciosa água que abastecemos enquanto Águia Real lia um poema de Torga. Onde seria a fonte natural? Mias uma vez o meu instinto conduziu-me e acertei com satisfação, enchi mais uma garrafa de litro e meio após provar a mesma, estava tão fresquinha!!!!!!!! Tão saborosa, a correr naquelas pequenas pedras, acho que ganhei alguns meses mais de vida!

Depois foi só subir, subir. Não utilizei o bastão, antes disso calcei umas luvas e trepei encosta acima, contactando com a carqueja e as giestas. Pouco mais e dei comigo a calcar tudo com uma raiva acumulada que ia saindo lentamente de mim...tropecei, levantei-me e persisti, continuava a descarregar tudo aquilo na minha serra, o coração acelerava e a respiração começava a sufocar-me. Soltei como que um latido de um animal ferido, encostei-me a uma grande pedra, deixei-me escorregar até ficar sentada...sentia como se tivesse  uma corda a apertarem-me a garganta, tensa de emoção, fiquei entalada e com dificuldade de respirar...a ansiedade estava a tomar conta de mim, tinha de lutar com ela! Precisava de chorar...e chorei!!
Chorei de alegria de tristeza de saudade e de raiva! Sentia-me tão bem ali, e ali não podia ficar eternamente! Queria que tudo parasse, queria mudar tudo...e já não sabia o que queria de mim...
Orion ficou a meu lado e acalmou-me tentei explicar-lhe a ideia que precisava de abrandar, de saborear de calma. As saudades daquele local eram muitas, não queria marcar passo de corrida, queria saborear cada centímetro, metro e Km percorrido. Orion compreendeu e reconheceu que para ele era mais um trilho mas que para mim que estive algum tempo parada, era como se da primeira vez se tratasse  e sabia-me tão bem.
A brisa da montanha chicoteava-me a face e me beijava um simultâneo para além de me limpar as lágrimas.
Ficámos ali parados durante o tempo necessário até me acalmar e receber um beijo do meu guerreiro e meu corpo adormeceu.
Acabámos  a subida, procurámos uma sombra debaixo de uma grande pedra inclinada e almoçamos tranquilamente na companhia de umas formiginhas que passavam num carreiro ali perto. Fiz questão de deixar umas migalhas para as mesmas, naquele local.
Bem e já cá temos um longo texto, não tenho cura mesmo!

Estávamos na fronteira agora, onde nossos pés pisavam ora Portugal, ora nossa única vizinha, Espanha . Mas ali  no alto pouco importa a nacionalidade, é tudo tão belo,  tudo é Gerês ou Xurés! Uma neblina serrana depositada ao fundo do lado do Lindoso, parecia vir na nossa direcção, ameaçava mudança de tempo, mas não passou disso.
Avistámos mais duas manadas de cavalos e gado bovino à mistura, em plena serra no topo do mundo! Tudo era perfeito!





Continuámos com a ânsia de apressar o passo e descobrir o que haveria do outro lado das montanhas! A Fraga do Paúl já se avistava e um vale muito verde lá em baixo...à nossa espera...

Já no vale muito arborizado, surgia timidamente um ribeiro à frente, que ia alargando e serpenteando o vale. Um pequeno carreiro de pé posto acompanhava o mesmo e toda a vida circundante, até onde pudemos caminhámos sempre, vendo água, pedras, fetos, lamas, areia, carqueja, amieiros, carvalhos, libélulas e borboletas e cobria tudo aquilo de versos e de espanto! Mas que o pequeno carreiro ao fim de muitos metros sem mais nem menos, desapareceu! E agora? Vegetação por todo o lado! à nossa frente do lado direito e esquerdo, com declives!Passámos para o outro lado do ribeiro, mas o panorama não era melhor!olhámos para cima na tentação de subir, para dali sair, mas a vontade estava fraca perante aquela cena de pedras e mato selvagem!
Bom ali estávamos, e dali teríamos que sair, voltar para trás estava fora de questão, e para a frente é que é o caminho!


E lá avançamos, ora do lado esquerdo, ora do direito, conforme desse mais jeito, ou conforme o parecesse, sempre procurávamos a melhor forma de avançar mais uns preciosos metros! Parámos por duas vezes, uma para refrescar a cara, outra para refrescar os corpos quentes e suados, uma prenda de compensação por todo aquele esforço de matagal interminável.


Após uns avantajados metros de trilho selvagem e duro, talvez viesse o anjo da visita e trouxesse-me uma terra firme e segura para continuarmos a prosseguir com a nossa pequena "viagem". E assim foi.
As vozes das montanhas chamávamos-nos e nós seguimo-las.
Ah serra! És a graça da vida em toda a parte! És o sorriso das pedras, aquele alimento de quem farto de pão, ainda faminto!

Famintos seguíamos, exaustos do percurso da ribeira do Paúl, mas com toda a força ainda acumulada, e quando avistámos os Cornos de Candela e estudávamos ao longe a melhor trajectória para subir o mesmo, o telemóvel toca, tínhamos rede, era o J. Miguel! Já se encontravam na Fraga de S. João, junto á capela! Boa rapazes! Conseguiram fazer o percurso sozinhos e estavam bem!
Ficámos combinados de os mesmos seguirem até Pitões e lá nos encontraríamos. Pena aquele contratempo no ribeiro de Paúl, se não fosse isso teríamos-nos cruzado, quase certeza!
O meu desejo de subir até aos Cornos Candela ficou adiado, virámos em direcção de S. João, não subimos à fraga, contornámos a mesma e mais um matagal nos esperava, quase que diria que hoje era o trilho dos corta matos!
Passámos a ponte do Pereira e pouco mais fazíamos uma pequena parte da mata do Beredo, muito limpinha, fresca e verde!


Terminando este pequeno percurso aprazível, começa a subida da estrada até à aldeia de Pitões, uma autentica via sacra para qualquer caminheiro um fim de muitos Kms nas pernas! Que tortura! Só sonhava com a fonte já quase no fim do percurso, já delirava com a mesma!
Ei-la finalmente! Um oásis no fim de uma longa subida!Refresquei-me molhei os cabelos, fiquei quase nova!


O ponto de encontro foi no café/restaurante "O Preto", onde já aguardavam os corajosos exploradores J. Miguel e Nuno! Parabéns companheiros!
Umas belas goladas numa cervejinha fresquinha, uma troca de conversa e experiências vividas nesse dia, tudo demasiado rápido, tínhamos de partir pois ainda tínhamos 2 horas de caminho até casa, despedimos-nos com muita pena nossa e a promessa de combinarmos uma futura caminhada!
Ainda fomos rapidamente encher uns garrafões de água da fonte para consumo em casa, enquanto Orion o fazia, eu corri  até à pequena e discreta padaria da aldeia, onde vende a broa de mistura mais saborosa que comi até hoje. Comprei quatro! Para nós e para os que me são queridos!
Partimos deixando a aldeia e a serra para trás...o sol do fim do final da tarde pintava os campos de amarelo ocre, uma pequenina  triste saudade  já me consumia muito devagar, o ar que respirava muito fresco e saudável, tornaria-se em breve irrespirável e cinzento, e o solo que iria pisar seria uma espécie de areia movediça onde ficarei à espera de alguém que me puxe e me liberte novamente.

E enquanto isso vou continuar recordando um sonho de um desejo tão forte, como ingerir um pedaço de um pão amassado pelas mãos de um anjo selvagem, esperando saciar a minha fome pelas montanhas do Gerês!

14 comentários:

  1. Lírio, parabéns pela caminhada e por esta bela descrição.
    Eu conheço Pitões há mais de 30 anos, costumo-lhe chamar a "aldeia mágica". As Sr.as Marias da "Casa do Preto" (mãe e filha) são minhas amigas há outros tantos anos. E conheço grande parte do percurso que vocês fizeram. Já fiz a travessia de Pitões à Portela do Homem, tanto pela Fonte Fria como pelo S. João da Fraga e Cornos de Candela, pelo que me falta é a ligação entre os dois percursos.
    Um grande abraço para ti e Orion ... um dia caminharemos juntos...

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  2. Obrigada Callixto!!

    Temos mesmo de caminhar juntos um dia! Está prometido!! E fazemos muito gosto!

    A ligação entre os dois percursos é gira, mas não aconselho a passares pelo ribeiro de Paúl como fizemos...para a próxima vamos por cima, antes de chegar à fraga de Paúl, deve ser bem mais fácil! O ribeiro é giro mas só de visita, depois é preferível subir a colina no início antes de avançarmos para o matagal!!

    Saudações montanheiras da nossa parte :)

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  3. Muito bom. Mais uma vez parabéns pelo conteúdo destes relatos.

    Só para vos dizer que o quanto antes, aproveitarei parte do vosso trilho para ir à Nevosa e voltar a Pitões, ali junto à fronteira.

    Parabéns mais uma vez

    J.Miguel

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  4. Força Miguel! Já deste provas do que és capaz! Quem fez o que vocês fizeram da ultima vez, conseguem muito mais, foram uns valentes!

    Qualquer coisa que precises é só dizer, tens o nosso contacto telefónico.

    Um grande abraço da n/ parte :)

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  5. Ai minha querido Lírio!!!

    É tão bom ler-te!!! Minha serra, meu cantinho de eleição!

    Lírio pula, canta, grita a vida o quanto a amas e tas feliz… só assim a montanha te reconhecera, porque estas a ser tu mesma e a expressar o quanto estas feliz :)

    As manadas ai ficam sempre muito assustadas, quando eles se colocam como na foto em círculo te fitando do olhar e um pouco agitados e quando há crias pelo meio, é porque estão a colocar-se em defesa, é porque te sentem como um intruso. Só tens de te aninhar e ficar ali um tempo quieta, calma, até eles sossegam e pouco depois já não vêem em ti uma ameaça… As borboletas já sabes, é bom pressagio. :) Prova de que eu estava là…

    Quanto ao corta-mato… existe trilho de princípio ao fim desde a Fonte Fria até a Fraga de Paulo, desce do lado esquerdo da Fraga. Ou continuas até Céu Rubio e desce até a Currachã ou continuas e sobes directo para os Cornos de Candelas. É verdade Amiga que a vegetação e a falta de montanheiros caminhar pelos trilhos, faz com que estes desapareçam.

    Beijo bem doce!!!

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  6. Esta tu ultima foto esta fantastica!!!

    "TAKE THE WORLD IN A LOVE EMBRACE"

    Sensação magnifica!!!!

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  7. Gostei! ainda há uns dias ali estive, e agora voltaram as saudades....

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  8. Amiga Angel!

    Só me foi possível publicar as tuas mensagens hoje, estivemos ausentes 1 semana em férias e optámos pela praia e o mar, que apesar de saberem bem, não imaginas as saudades que tive do cheirinho da montanha!!!

    Os cavalos a que te referes na foto, tinham realmente uma cria e eu persenti que os mesmos estavam a tentar protege-la e muito bem! Temos de respeita-los pois se estivéssemos no seu lugar fazíamos o mesmo.

    Quanto ao trilho, nós de facto estávamos com ideias em contornar pelo lado esquerdo da fraga do Paúl, mas como vimos aquele vale tão verdinho ao fundo...fomos conhece-lo e entretanto como tinha um carreiro a acompanha-lo seguimos por ele. Infelizmente como não deve ser muito frequentado, acabou por desaparecer. Mas de vez em quando via vestígios de animais, embora ressequidos, o que quer dizer que tinha de ter uma saída. A natureza é magnífica Angel, até os animais indirectamente nos ensinam os passos a tomar!!

    Não sei porquê, mas quando estou na montanha adoro abrir os braços de vez em quando!! Bem na verdade até sei porquê...é uma necessidade que tenho de abraçar com muita força tudo aquilo que está naquele momento à minha frente, e, ao mesmo tempo é como se de repente sentisse uma vontade enorme de tomar aquilo tudo e levar comigo!!!

    Como dizes e bem, é uma sensação magnífica :)

    Um grande abraço Geresiano para ti também amiga!

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  9. Águia!!

    Lembrei-me de ti neste trilho :)
    Ficámos sempre com muitas saudades daquela terra que Torga adorava! Compreendo-te bem!!

    Abraços Geresianos!!

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  10. É extremamente reconfortante ver que há mais "doidos" como eu, que adoram o PNPG.Que um dia se apaixonaram por esse cenários magníficos.
    Eu deixei as praias algarvias por uns dias (a maravilhosa Ilha do Farol)para fazer umas caminhadas pelo Parque Nacional Peneda-Gerês.Andei sozinho durante dia e meio pela Serra amarela até Vilarinho das Furnas onde acampei.Fiz mais uma caminhada de 1 dia pela mesma zona.Foram os melhores dias de férias de que tenho memória.Um grande abraço do Nelson Guedes...e quem sabe se um dia nos encontraremos por lá para ler uns excertos dos diários do Miguel Torga sobre o Gerês.Xau

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  11. Olá Nelson, bem vindo!

    Por vezes penso que sou "doida" também...mas quando regresso ao quotidiano do dia a dia da cidade e do seu stress, ainda me sinto mais doida por estar longe demais da terra que me alimenta a vida!! Doidos são aqueles que têm boa visão, mas que não têm a capacidade de assimilar aquilo que de belo se apresenta pela frente...é tão simples e não se paga impostos
    (por enquanto...).

    A Costa Algarvia é muito bonita mas eu também prefiro a montanha em especial o Gerês, gostos não se discutem e por isso continuamos a ser "doidos" que sabe tão bem, não é verdade?

    Espero que um dia nos cruzemos, terei todo o prazer!

    Saudações montanheiras!

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  12. Viva,
    Fantástico este teu blog!
    Adorei a descrição, tanto na forma escrita como em imagens. Sou apenas mais um dos que adoram o PNPG. Conheço já bastante (penso eu), ainda este Domingo fiz o trajeto entre o Arado e o Prado do Teixeira, mas falta-me a zona entre Pitões e Carris. Esta descrição veio aumentar a vontade de a conhecer, sendo certo que é uma zona protegida... mas quem resiste depois de ver estas imagens e ler este texto?

    Força!!! Vou ficar a seguir o blog...

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  13. Força António! Vai em frente!
    Sabes que não acho mal que algumas áreas sejam protegidas, agora totalmente protegidas...é diferente. Mas normalmente quem frequenta essas áreas são pessoas que querem bem à natureza, o problema são os animais que podem estranhar. no caso do Gerês,não estou sinceramente a ver qual o animal que se sentiria assim tão incomodado com a nossa presença,ao ponto de ficar extinto, desde que não lhe façamos mal.
    O PNPG precisava era de mais guardas a vigiar e controlar, de forma a manter ao alcance de todos as respectivas visitas.
    Só para te dar uma ideia, neste trilho não vimos absolutamente ninguém!!! Só animais.

    Bem vindo a este espaço! Continua a dar notícias!

    Saudações montanheiras!

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  14. Adoro esta sitio ja la fui e vou voltar outra vez la com amigos.
    As vossa fotos sao formidaveis.
    Gosto imenso.
    Maria Amélia
    Com Gratidao à Mae Natureza!

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