O banco de Ramalho Ortigão.
No lugar da Assureira, bem perto da vila do Gerês, fica um triste exemplo do abandono a que está vetado o único parque nacional do país, o Parque Nacional Peneda-Gerês. O escritor Ramalho Ortigão, amante das caminhadas, visitante frequente do Gerês e das suas termas, costumava sentar-se sobre uma pedra, tendo sob o
alcance da vista a paisagem do Rio Caldo. Para o homenagear a Sociedade de Propaganda de Portugal encomenda ao escultor Raul Lino uma peça escultória, em forma de banco, e em 1920, cinco anos após a sua morte, inaugura o "Banco de Ramalho Ortigão". A inscrição da placa desaparecida seria: “Em umas toscas pedras que os
frequentadores do Gerez chamavam os bancos do Ramalho costumava vir aqui
sentar-se lendo e escrevendo o notável escritor José Duarte Ramalho
Ortigão que tanto honrou a sua terra e tanto quis a esta região. A
Sociedade de Propaganda de Portugal no mesmo lugar mandou levantar-lhe
esta singela homenagem delineada pelo arquitecto Raul Lino de Lisboa no
ano de 1920”.
No mesmo local situa-se um dos mais belos exemplares das casas florestais do Gerês, a casa florestal da Assureira, também ela abandonada e em ruínas. Para quando um projecto do parque nacional para recuperar, ou deixar recuperar, as casas florestais? Muitas delas estão em lugares privilegiados, a casa florestal de Leonte podia ser um excelente centro de interpretação da Mata da Albergaria, outras poderiam dar apoio ao visitante/caminhante, aliás como acontece nos demais parques europeus. Mas as serranias do Gerês sempre ficaram muito longe do terreiro do paço, só se lembram delas no Verão, quando ardem e precisam de desviar os aviões para apagar os incêndios nos campos de golfe, pois esses sim, são património natural, então não são verdes? Como fazem falta Ramalho e Eça mais as vossas farpas, tinham material para uma vida.
Fontes: blog Nesta hora
blog O Sítio dos desenhos
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