" Paz das montanhas, meu alívio certo! "

02/01/2013

Património perdido do PNPG


http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f5/Ramalho_Ortigao_01.JPG 

O banco de Ramalho Ortigão.


No lugar da Assureira, bem perto da vila do Gerês, fica um triste exemplo do abandono a que está vetado o único parque nacional do país, o Parque Nacional Peneda-Gerês. O escritor Ramalho Ortigão, amante das caminhadas, visitante frequente do Gerês e das suas termas, costumava sentar-se sobre uma pedra, tendo sob o alcance da vista a paisagem do Rio Caldo.  Para o homenagear a Sociedade de Propaganda de Portugal encomenda ao escultor Raul Lino uma peça escultória, em forma de banco, e em 1920, cinco anos após a sua morte, inaugura o "Banco de Ramalho Ortigão". A inscrição da placa desaparecida seria: “Em umas toscas pedras que os frequentadores do Gerez chamavam os bancos do Ramalho costumava vir aqui sentar-se lendo e escrevendo o notável escritor José Duarte Ramalho Ortigão que tanto honrou a sua terra e tanto quis a esta região. A Sociedade de Propaganda de Portugal no mesmo lugar mandou levantar-lhe esta singela homenagem delineada pelo arquitecto Raul Lino de Lisboa no ano de 1920”.

No mesmo local situa-se um dos mais belos exemplares das  casas florestais do Gerês, a casa florestal da Assureira, também ela abandonada e em ruínas. Para quando um projecto do parque nacional para recuperar, ou deixar recuperar, as casas florestais? Muitas delas estão em lugares privilegiados, a casa florestal de Leonte podia ser um excelente centro de interpretação da Mata da Albergaria, outras poderiam dar apoio ao visitante/caminhante, aliás  como acontece nos demais parques europeus.  Mas as serranias do Gerês sempre ficaram muito longe do terreiro do paço, só se lembram delas no Verão, quando ardem e precisam de desviar os aviões para apagar os incêndios nos campos de golfe, pois esses sim, são património natural, então não são verdes? Como fazem falta Ramalho e Eça mais as vossas farpas, tinham material para uma vida.




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