Dando seguimento à notícia do lobo ibérico, ferido há dois meses numa armadilha ilegal, recolhido pela GNR, em Meixedo, ver publicação e posteriormente tratado da pata amputada no Hospital Veterinário da Universidade de
Vila Real, ver publicação. É com grande prazer que noticiamos que num caso inédito de conservação em Portugal, o jovem lobo-ibérico
foi devolvido à natureza, no
concelho de Montalegre. A adaptação deste animal, com uma pata amputada,
está a ser acompanhada graças a uma coleira GPS.
O lobo-ibérico – de uma espécie protegida e que se estima estar reduzido
a cerca de 300 animais e 60 alcateias – foi tratado com um contacto
mínimo com as pessoas. Segundo disse à agência Lusa José Paulo Pires,
director-adjunto do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas –
Norte, do ICNB, o lobo revelou ter tido uma boa recuperação clínica da
lesão que sofreu, fez uma boa cicatrização, aumentou de peso, ganhou
robustez e manteve a sua agilidade. “Concluiu-se que estaria em
condições de sobreviver autonomamente e optou-se pela sua libertação”,
salientou o responsável.
O animal foi restituído à natureza na
quinta-feira passada, com uma coleira GPS. “Já é possível saber que ele
andou alguns quilómetros, mas ainda não é muito significativo porque
ele, neste momento, está numa fase de explorar e reconhecer o
território”, salientou José Paulo Pires.
“A ideia é que se junte ao resto da alcateia. Ainda anteontem vimos
alguns lobos, mas não sabemos se serão da mesma alcateia”, disse o
veterinário Domingos Moura. “Contrariamente ao que acontecia há 30 ou 40
anos, a reacção das populações locais está a ser óptima”, considera.
“Pensando que seria eu a restituir o animal à liberdade, diziam-me para
eu fazer o que pudesse para ajudá-lo, para não olhar a meios. Só me
pediam uma coisa: ‘quando o libertar, liberte-o longe dos meus
rebanhos’”.
Esta mudança de mentalidades tem uma explicação,
disse. “Quando havia muitos lobos, não haviam javalis nem raposas. Hoje,
os lobos praticamente desapareceram", sendo mesmo uma espécie
classificada como Em Perigo, pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de
Portugal. "Os agricultores queixam-se do aumento exponencial do número
de javalis, que destroem os campos de milhos, os lameiros, tudo". E as
raposas destroem as perdizes e os coelhos-bravos, “que quase não há
nenhuns por aqui”. “Reconhecem que, afinal, o lobo lhes faz falta.”
Fontes: Ecosfera
Belo trabalho. Parabens
ResponderEliminarAte breve
Beijo
Mountain4ever
Obrigado Fábio e Elisabete, continuaremos a acompanhar este lobo. Esperemos que esta história tenha um final feliz.
EliminarAbraços e beijos.
Obrigado pelo artigo, amigo Carlos Castro. Sou um defensor dos Lobos e considero-me um pouco membro dessa espécie. O assunto necessita de outro olhar por parte das autoridades e de todos os envolvidos. Já agora Carlos, posso usar a foto do Lobo, achei-a bela e apropriada ao momento que atravesso. Um grande abraço.
ResponderEliminarObrigado pelo comentário. Mas está confundido, o Carlos Castro é autor do blog "Crónicas das corridas", este artigo é um resumo da notícia da minha autoria, Orion. Quanto à foto pode utilizá-la à vontade, não é da minha autoria, penso que seja de uso público, pois não encontrei o autor para lhe dar os créditos.
EliminarAbraços
Boas pessoal,
Eliminar- É bom saber que a população local está lentamente a reconhecer a importância do lobo no seu habitat natural, depois de séculos de perseguição, movidos não só pela perda de animais domésticos, mas também pela podridão de crenças religiosas supersticiosas. Devo salientar o bom trabalho que as autoridades competentes desenvolveram, já não era sem tempo...
Podemos caminhar pelas nossas montanhas e nunca chegarmos a ver realmente um lobo, mas a sua presença sente-se a cada passo. É também a busca por esse tipo de sentimento que me move a caminhar por esses montes fora.
Um Abraço Montanheiro,
Pedro Durães
Olá Pedro
EliminarCompartilhamos a tua opinião e sentimento, nas nossas caminhadas detectamos os vestígios do lobo, as fezes as pegadas. Nunca vimos um, mas ainda não perdemos a esperança.
Abraços e boas caminhadas.
Buenas!
ResponderEliminarÁs vezes lá vamos dando com estas notícias porreiras!
Fixe, fixe, além do bem estar dos animais, era voltar a ver outro, tal como vimos um ao vivo no Alvão, há muitos anos atrás, eu, tu e o Rui.
Um dia destes vou rebuscar nas velhas fotos a ver se ainda a tenho.
Era mais um farrapo de ossos e pele, mas era um lobo!
Abr.
X
Olá
EliminarO que te foste lembrar!! Já me tinha esquecido dessa peripécia, mas nunca tive a certeza se era um lobo. Nem sabia que tinhas uma foto se a encontrares era porreiro.
Abraços