Há locais que nunca esquecem, a necessidade de repeti-los, sabe-se lá porquê e por quantas vezes mais! Será vício, será tara? Será prazer? Ou nunca se saberá?. Apetece simplesmente.
A terra chama-nos, grita por nós, e nós vamos sem saber porquê. Vamos com uma atitude de ser, e regressamos de uma outra forma!Somos os mesmos, mas diferentes.
Neste dia, quando cheguei lá em cima, rezava à serra!
Pedi-lhe que me desse o prazer de ver a sua neve.Caía chuva leve e gelada e era desconfortável. Não podia sair dali sem ver a primeira neve deste Outono.Pedi à terra fria e que faz do meu corpo sempre quente, que me desse a recompensa daquele esforço, daquele desejo, o meu desejo de ver um pouco da sua brancura. E caiu! Desceu do céu a neve que tanto desejei! Veio rápida enfurecida e húmida, e eu mais húmida fiquei!Mas foi delicioso sentir os flocos a baterem-me na cara e no corpo,e sentir aquele vento cada vez mais enraivecido, como que contrariado por transportar aquela pureza que tanto pedi à minha adorada serra!
A Serra fez-me a vontade .
Nao sei como lhe agradecer...
Mas prometo lá voltar!
Cá no alto, há montanhas sem fim, há frescura que parece aquecer, há o sol e a vida a nascer, há o vento, há o frio, há calor e arrepio! Cá em cima, há sempre vida a crescer, há poetas que parecem sorrir, e as almas continuar a espreitar, a um canto num recanto num sítio qualquer .
FEZ-SE LUZ! |
É tudo que existiu
E foi assim que surgiu!
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