E agora sim, aqui está o relato do trilho "Entre Cávado e Rabagão", da Associação Amigos de Vila Nova.
Partilharei um pouco da visita guiada à central Hídrica de Vila Nova, e terei todo o prazer em mostrar um pouco do trabalho da artística plástica Adriana Henriques, "Máquinas Alternativas", uma exposição de arte contemporânea que aconselho seriamente visitar.
Cada vez me convenço que o tempo é mesmo reduzido para toda uma vasta gente que vamos contactando, neste mundo tão pequeno e rico em vivências e experiências!
Aprendemos sempre qualquer coisa mais quando caminhamos com companheiros ao nosso lado, torna-se uma contínua escola da vida para todos nós!!
No passado dia 12 tivemos mais um encontro com os nossos amigos de Vila Nova e reencontrámos outros que há muito não víamos e que sentíamos saudades!
É tão gratificante estes momentos em que sentimos que ainda pertencemos a este mundo e temos a possibilidade de mais uma vez sentirmos aquele abraço caloroso de um grande amigo ou aquele sorriso gratificante de um novo encontro.
Amigos como os de Vila Nova, calorosos, voluntariosos e dedicados à sua causa, proporcionam momentos inesquecíveis para todos! Têm a capacidade de chamar a saudade e de reuni-la de novo sem deixar que os laços se desfaçam!
E por essa razão lá fomos nós mais uma vez, sentir o cheiro daquelas terras do Barroso, sentia-se no ar o fumo da lenha das lareiras, deixando o ar apetitosa mente aromatizado!!
E começou o encontro da melhor maneira possível, revendo logo à chegada a nossa querida amiga White Angel e aquele abraço que só sente quem conhece este ser humano com um coração do tamanho da montanha! A grande surpresa para mim, foi conhecer finalmente a Heidi , a sua nova cadelinha sempre carente de miminhos! É o espelho da dona em versão mais jovem! Foi um momento gratificante poder receber uma quente lambidela deste animal dócil, cheio de energia para distribuir.
Reunimo-nos todos no acolhedor clube revendo os nossos amigos e após uma breve apresentação e divulgação do turismo das terras do Barroso, partimos entusiasmados para mais uma caminhada de muitas na nossa vida!
O percurso seria simples e belo, pelas terras do Barroso e alto do Rabagão, passando por caminhos marcados de história das invasões francesas, dos Mouros e do povo Luso!Calcamos possivelmente as mesmas pedras apesar de mais gastas dos que nos queriam mal e dos que nos defenderam por bem!
Há Portugueses de outrora! Tão lutadores pelas suas terras e seus ideais!... que fazeis agora?! Dormis?!!
As sensações ao longo das caminhadas são sempre similares, mas cada uma exclusiva. Os diálogos que estabelecemos com os nossos companheiros sempre relaxantes de pura beleza envolvente e simultaneamente didácticos! Já não direi que somos o velho povo descobridor mas que ajudamos a não deixar morrer as almas que já passaram!
No passado dia 12 tivemos mais um encontro com os nossos amigos de Vila Nova e reencontrámos outros que há muito não víamos e que sentíamos saudades!
É tão gratificante estes momentos em que sentimos que ainda pertencemos a este mundo e temos a possibilidade de mais uma vez sentirmos aquele abraço caloroso de um grande amigo ou aquele sorriso gratificante de um novo encontro.
Amigos como os de Vila Nova, calorosos, voluntariosos e dedicados à sua causa, proporcionam momentos inesquecíveis para todos! Têm a capacidade de chamar a saudade e de reuni-la de novo sem deixar que os laços se desfaçam!
E por essa razão lá fomos nós mais uma vez, sentir o cheiro daquelas terras do Barroso, sentia-se no ar o fumo da lenha das lareiras, deixando o ar apetitosa mente aromatizado!!
E começou o encontro da melhor maneira possível, revendo logo à chegada a nossa querida amiga White Angel e aquele abraço que só sente quem conhece este ser humano com um coração do tamanho da montanha! A grande surpresa para mim, foi conhecer finalmente a Heidi , a sua nova cadelinha sempre carente de miminhos! É o espelho da dona em versão mais jovem! Foi um momento gratificante poder receber uma quente lambidela deste animal dócil, cheio de energia para distribuir.
Reunimo-nos todos no acolhedor clube revendo os nossos amigos e após uma breve apresentação e divulgação do turismo das terras do Barroso, partimos entusiasmados para mais uma caminhada de muitas na nossa vida!
O percurso seria simples e belo, pelas terras do Barroso e alto do Rabagão, passando por caminhos marcados de história das invasões francesas, dos Mouros e do povo Luso!Calcamos possivelmente as mesmas pedras apesar de mais gastas dos que nos queriam mal e dos que nos defenderam por bem!
Há Portugueses de outrora! Tão lutadores pelas suas terras e seus ideais!... que fazeis agora?! Dormis?!!
Pedra Bolideira |
O tempo parecia ameaçar chuva, mas felizmente para esta tão especial ocasião ela não apareceu. O grupo dispersou-se um pouco, uns mais acelerados outros mais calmas, mas lá nos encontramos todos num café da aldeia da Ponteira, num ambiente acolhedor, quase como que em casa...
E eis que um dos companheiros estendeu um paninho na mesa e nele distribuiu o pão, o salpicão e o chouriço, o vinho também não faltava de outro companheiro que se lembrou do povo que trabalha a calcorrear os trilhos do nosso querido Portugal! Que os Santos abençoem os "Franciscos" que partem e repartem o que de prazer também vivemos!!!
Perante o olhar simples mas desconfiado, de umas das primeiras habitantes da aldeia, que se encontrava revestida com as tradicionais capas de lã...em que não nos foi possível tirar uma bela foto com a mesma, há que respeitar...mas mais há frente lá fomos encontrar um grupo de habitantes bem dispostos em que já se prontificavam a por-nos a trabalhar se necessário!! " Tanta gente para semear as batatas!!"...já ficámos a saber que para meados de Junho/Julho. haverá muito trabalhinho para quem se prestar!!
Mulheres e crianças rodeavam uma carrinha recheada de produtos necessários para o dia a dia. Deu para trocar umas breves palavras com este povo de boas cores no rosto, habituados aos ares das serras do norte.
Lindas as senhoras que apesar das rugas já bem vincadas, não sofriam de dores de botox e nem menos disso faziam pior figura, muito pelo contrário, faziam inveja a qualquer madame citadina de roge ou base chapada na cara! Os tons rosados saudáveis que a natureza lhes fornecia faziam-me inveja até a mim!!
Minha amiga e eu ficámos deliradas com a simpática senhora que se prestou a tirar uma foto connosco! |
A simplicidade e naturalidade e as marcas da vida vincadas no rosto, é uma virtude que nem qualquer ser feminino consegue aceitar , sobretudo nos dias de hoje em que só se vive para a beleza e perfeição...mas afinal o do que se trata essa perfeição?Será tão perfeita assim?...Não iremos apodrecer e desaparecer como todos os outros?!
Lá continuamos saindo da aldeia que me ficou na ideia de lá voltar novamente um dia. A pedra bolideira lá estava assinalada com umas setas brancas pintadas na própria...pouco simpático na minha opinião, seria preferível uma tabuleta mesmo ao lado...
E a desgraçada da pedra não tem descanso!! Lol |
Fizemos o caminho de volta após a fotos de grupo e no clube já nos aguardavam com castanhas assadas, febras quentinhas e bem temperadas acompanhadas de broa ou sem ela para os mais gulosos, o vinho completava e a boa disposição das pessoas lá estava sempre assídua!!
Reparem só neste belo exemplar de Azevinho...carregado de lindas bagas vermelhas!! |
Heidi, a cadelinha montanhista que não parou o trilho todo de correr por ela e por todos nós, já demonstrava ar de cansaço e o aconchego de um colinho da minha parte e de uma camisola colocada pela sua dócil dona veio mesmo a calhar! Fiquei mesmo apaixonada por esta por este animal!!!
Após barrigas compostas e conversas em dia, rumamos para a Central Hídrica de Vila Nova, na companhia de quase todo o grupo incluindo a artística plástica Adriana Henriques!
Tivemos o enorme privilégio de visitar a central por dentro, conhecermos um pouco da sua história e das suas funções. Infelizmente com as novas tecnologias esta central cada vez tem menos acção directa do homem, ao seja as preciosas mãos do ser humano são substituídas por máquinas e computadores e praticamente fazem tudo sozinhos...reflexos do modernismo que nem sempre é para nós o melhor...
E depois de uma breve explicação do nosso guia, subimos dois andares e fomos visitar a exposição de Adriana Henriques, conduzida e explicada pela própria, que revelou uma extraordinária sensibilidade para o tema em questão: " Máquinas alternativas"
Aqui estão apenas alguns dos seus trabalhos, que não pude deixar de partilhar um pouco com todos os amigos e leitores, mas o ideal será mesmo fazer uma visita a este projecto que se encontra exposto até 04 de Março de 2012. O próprio ambiente em que este trabalho se enquadra é perfeito, aliás foi com base neste mesmo cenário, frio húmido e de paredes da betão que Adriana Henriques conseguiu dar algum sentido a toda uma evolução e encontrar um ser capaz de estabelecer novas ligações, novos sentidos e afectos num mundo cada vez mais virado para as máquinas frias irracionais, onde afinal será sempre necessário o calor do ser humano, a inteligência insubstituível do homem e as suas preciosas mãos, sempre unidas e sempre precisas!!
Como já disse e volto a referir, tivemos mesmo um grande privilégio sermos acompanhados na exposição com a presença da artista que lhe deu o sentido à obra e conseguiu transmiti-lo de uma forma tão completa que mexeu e conseguiu colocar praticamente todo o grupo compenetrado num mundo especial contagiado pela própria. Para mim foi uma experiência única que jamais irei esquecer!!
Muitos parabéns à artista que para além de ter um trabalho cativante, valoriza muito o valor humano e o valor da família e consegue-o transmitir através da sua verdadeira arte! Obrigada Adriana!
Um muito obrigada também à AAVL em especial ao Sr.Francisco Martins pelo cuidado que teve em zelar pela nossa segurança e ao Sr. António Brás pela visita surpresa ao belo museu da central!
Um bem haja a todos!